quinta-feira, 4 de abril de 2013

O texto é longo...



...então sugiro a pensar se realmente quer lê-lo. Algumas pessoas devem ter se perguntado porque eu postei parte da Constituição Brasileira, e é muito simples: ultimamente tenho me perguntado  por onde anda a Democracia? Quando nasci, a ditadura estava acabando e iniciava-se um novo tempo no país. Elegeríamos um presidente que foi eleito pelo voto direto e  depois foi deposto, acusado de corrupção. Pois bem, eu votei nele e depois fui as ruas com a cara pintada, pedindo o seu impeachment! Isso é democracia, embora hoje eu não me orgulhe tanto de ter participado de sua queda já que, a corrupção está na moda, fede e se encontra em todas as esferas desse meu lindo Brasil Varonil, mas isso é outro assunto.
            Escrevemos então  uma nova Constituição! Que lindo! Afinal, em nossa carta magna seria transcrito o nosso "sonho de liberdade". Tudo aquilo que sonhamos seria oficializado para depois, podermos viver, aí sim, na tão sonhada liberdade...
            Liberdade, em filosofia, pode ser compreendida tanto negativa quanto positivamente. Sob a primeira perspectiva denota a ausência de submissão, servidão e de determinação; isto é, qualifica a independência do ser humano. Na segunda, liberdade é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito racional; elemento qualificador e constituidor da condição dos comportamentos humanos voluntários.(fonte:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Liberdade )
            Na minha humilde opinião, liberdade é o desejo que temos de viver algo quando nos sentimos oprimidos. Quando estou no elevador, quero sair. Se estou apertada no metro, quero fugir. Se meu chefe exige demais de mim, quero pedir as contas... E assim por diante. Acho que Marx diz isso, de outro jeito, mas não tenho muita certeza...
            Tá bom, e daí? Você deve estar se perguntando. Daí que estou muito preocupada com a atual condição da democracia já que atualmente, existe uma ditadura invisível que diz exatamente onde devemos ir, o que vestir, com quem falar, como falar, até onde sentar!
            Explico: os bancos amarelos são dos idosos! Deus-o-livre se eu estiver com a coluna travada, ter torcido o pé, estar quase desmaiando ou ter trabalhado igual a um escravo o  dia inteiro! Ou então,  se estiver com aquela calça tão confortável, que já não se usa mais. Ou então amar tanto os meus cachinhos ou o volume do meu cabelo  quando todo mundo faz progressiva!
            Não apoio Marcos Feliciano. Penso que, todo aquele que serve ao Senhor, se deseja servir a política deve deixar o púlpito. Definitivamente, política e religião não se misturam. Até por que, se ele falar bobagem, a igreja sofrerá as consequências. Quanto à política, a Bíblia diz: " Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens;  Pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade;  Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador " 1 Timóteo 2:1-3.
            Ele deveria ser conhecido como Deputado Marcos Feliciano. Assim como Senador Magno Malta, por exemplo.  Apesar de não conhecer este último muito bem, fiquei muito satisfeita quando ele estava à frente da comissão contra a pedofilia. Deve ter seus erros e acertos, mas o mais acertado foi deixa o "pastor" para ser "senador".
            Acho ridículo a existência da Comissão dos Direitos Humanos, já que é indiferente, pois não têm poder nem autonomia para fazer nada e depois, no Brasil, os Direitos são dos Manos! Nunca vi, em toda a minha existência, os direitos (des) humanos defender um  inocente, um pai de família assassinado, uma criança abusada, uma mulher estuprada, a família de um policial morto ser consolada... Triste rima!
            Mas me preocupa também, todo esse cerceamento que os homossexuais têm causado. Parece-me que existe uma certa manipulação, onde o poder pertence a eles e só fica, ou saí que eles querem! Isso é preocupante, porque enquanto eles se inflamam, a mídia têm assunto, o comércio vende, e o povo, em geral, fica acuado.
            Sou absolutamente à favor de  buscar-se os seus direitos, mas lá no fundo, tenho saudades de um tempo onde lutávamos pelos direitos de todos. Tudo era para o Brasil e do povo brasileiro. Só lembram do verdadeiro significado disse àqueles que conheceram a opressão e a repressão. Não importava se era evangélico, católico, homossexual, hétero, negro, branco, índio, extraterrestre...Éramos uma só nação. A nação do povo brasileiro.   Pessoas apanharam, outras foram presas e muitas morreram para que hoje nós, como cidadãos pudéssemos  usufruir da liberdade.  Respeite o direito do próximo.  Sua liberdade termina onde a do outro começa. Pense nisso.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O discurso final do filme: "O Grande Ditador"


- Charles Chaplin -

O Mestre de Cerimônia convoca o Grande Ditador e quando este se aproxima, saúda-o com o famoso gesto de “Hay, Hynckel!”; porém, o Barbeiro, num gesto de humildade, curva-se diante do outro e a seguir, começa seu discurso:
"Desculpe-me, mas não quero ser imperador, esse não é meu ofício. Eu não quero conquistar nem governar ninguém. Eu gostaria de ajudar todos sempre que possível: judeus, não-judeus, negros e brancos.
Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo - não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos fechamos dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido. A aviação e o rádio nos aproximou. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqente à bondade do homem, um apelo à fraternidade universal, a união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora. Milhões de desesperados: homens, mulheres, criancinhas, vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que podem me ouvir eu digo: não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia, da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.
Soldados! Não vos entregueis a esses brutais, que vos desprezam, que vos escravizam, que arregimentam vossas vidas, que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos. Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão. Não sois máquina. Homens é que sois. E com o amor da humanidade em vossas almas. Não odieis. Só odeiam os que não se fazem amar, os que não se fazem amar e os inumanos.
Soldados! Não batalheis pela escravidão. Lutai pela liberdade. No décimo sétimo capítulo de Lucas está escrito que o reino de Deus está dentro do homem - não de um só homem ou grupo de homens, mas de todos os homens. Está em vós. Vós, o povo, tendes o poder - o poder de criar máquinas; o poder de criar felicidade. Vós o povo tendes o poder de tornar esta vida livre e bela, de fazê-la uma aventura maravilhosa. Portanto - em nome da democracia - usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo, um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.
É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam. Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão. Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e a prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia,unamo-nos ( segue o estrondoso aplauso da multidão ).
Então, dirige-se a Hannah :
Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos. Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam. Estamos saindo da treva para a luz. Vamos entrando num mundo novo - um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah. A alma do homem ganhou usas e afinal começa a voar. Voa para o arco-irís, para a luz da esperança. Ergue os olhosm Hannah. Ergue os olhos."
Curiosidades:
- O filme “O Grande Ditador” foi rodado em 1940, ou seja, um ano depois do início da Segunda Guerra Mundial; o roteiro foi elaborado em 1939, enquanto a Alemanha invadia a Polônia e dava início à 2ª Guerra Mundial. Através desse filme, o grande cineasta conclama o mundo a reagir ao totalitarismo, num momento em que parte dos EUA pregava a neutralidade.
- Foi o primeiro filme falado de Chaplin.
- Existe ainda uma certa lei mística que rege o cinema, da qual nasceu uma obra-prima incontestável cujo valor vai além da paródia sobre um dos períodos mais dramáticos da história, quando defende a liberdade, a solidariedade e a igualdade, e mostra a valorização do ser humano como caminho para a paz mundial.
- Outra força "sobrenatural" foi responsável pela semelhança física entre Hitler e Chaplin que, além do bigode e do físico franzino, nasceram no mesmo ano, 1889, com apenas 4 dias de diferença.
- Ele estava indignado com o que estava ocorrendo, e sendo o visionário que era, adiantou-se a todos.
- Temos que lembrar que na época do filme, a forma de informação mais rápida e eficaz, além do telegrama, era o rádio...Como ele obteve tanta informação? Ele descreveu o que acontecia no momento...
- Sendo extremamente talentoso e brilhante, já evidenciava modernidade em seus filmes, com muita propriedade explorava o espaço, a música e a interpretação dramática.
- Revolucionou os filmes, quando no momento do “Grande Discurso”, deixa de ser o Ditador e quebra uma das regras do cinema, que é JAMAIS olhar para a câmera; ele,olha diretamente para a lente, pois seu objetivo é falar diretamente com o espectador e leva-lo a reflexão, coisa que sem dúvida consegue...Mas interessante é que se comporta como pregador, pois começa citando o capítulo 17 do livro de Lucas.
- Adenóide Hynkel e Benzino Napaloni são paródias a Adolf Hitler e Benito Mussolini, respectivamente. O nome de Napaloni é também uma vaga referência a Napoleão Bonaparte, conhecido como grande conquistador.
- A terra de Osterlich referencia a Áustria, cujo nome em alemão é Österreich.
- A música ouvida na cena onde Hynkel dança com o globo é da ópera Lohengrin, de Richard Wagner.
- No momento em que o Barbeiro Judeu faz a barba do careca e faz toda aquela coreografia toca a 5ª dança húngara de Brahms.
- No Brasil, O Grande Ditador foi censurado pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), no governo de Getúlio Vargas, por ser considerado "comunista" e "desmoralizador das Forças Armadas".

domingo, 12 de setembro de 2010

Hoje é um desabafo....


Devido a algumas experiências pessoais, e devo isso a uns vizinhos meus, fico me questionando o que é liberdade. De acordo com o dicionário Michaelis, no item dois diz: “Poder de exercer livremente a sua vontade." Mas será mesmo?

Penso que liberdade é algo ilusório, um anseio do nosso ser, e que nem sempre é alcançado.

Analise comigo: é incutida em nós, desde a nossa infância, a obrigação de dar satisfação á alguém, autoridade ou até mesmo a sociedade. Somo seres que almejam ser aceitos e, portanto, submetemo-nos a regras. Até mesmo quando pensamos transgredi-las, na verdade o desejo é satisfazer alguém.

Quando convivemos em sociedade, acreditamos que por estar entre quatro paredes podemos tudo... Isso é verdade?

Acredito que a vida do outro não me diz respeito, mas, a partir do momento que suas tristezas, alegrias, brigas e pior, sexo, ultrapassa esse limite e invade a minha casa acabando com a minha liberdade de poder viver dentro do meu lar tranquilamente, é uma transgressão.

A partir do momento que você tira a liberdade de alguém, o torna escravo. Tornar alguém escravo é crime.

Conhecereis a Verdade, e ela o libertará.

Amém.